Tuesday, January 31, 2006

de todos os povos
andem pela minha casa
com o máximo
de Liberdade.»
Mahatma Gandhi
Encontrei estas palavras numa chávena de café... Pela forma como me identifiquei com a vontade desta diversidade, não quis deixar de as trazer até aqui... Para uma partilha, com aqueles que me querem ler.
Monday, January 30, 2006

Um labirinto de sentidos.
Um sentido que desce lentamente... E ilumina os olhos.
De novo o cheiro a terra húmida... Que me humedece a pele.
A fecundação perfeita.
Vem terra!... Vem!... Que te quero em mim.
Thursday, January 26, 2006
Wednesday, January 25, 2006

Thursday, January 19, 2006

Os pássaros da despedida chamam por nós,
No entanto, aqui permanecemos
Mergulhados no medo do voo.
Por todo o lado
Os ventos da mudança consomem a terra,
Enquanto permanecemos
Na sombra de verões passados.
Quando todas as folhas
Tiverem caído e se transformado em pó,
Nós permaneceremos
Entrincheirados dentro dos nossos caminhos.
Indiferença,
A praga que se move nesta terra
Sinais de agoiro
Nos contornos das coisas que hão-de vir.»
[Severance; DEAD CAN DANCE]

Eu caminhava pela noite fora: acalmava-me a ideia de ter atrás de mim pontes cortadas. Conciliava-me o estado de alma e o rigor do frio! Um homem saiu de um café e sumiu-se na neve. Eu via o interior iluminado. Dirigi-me à porta e abri-a.»
[História de Ratos; Georges Bataille]
Sunday, January 15, 2006

(Metamorfoses do Corpo; José Gil; Relógio D'Água)
Thursday, January 12, 2006

Monday, January 09, 2006

Ver o que lá havia
Ouvi uma voz cantar
Que ao longe me dizia
Ó cantador alegre
Que é da tua alegria
Tens tanto para andar
E a noite está tão fria
Desde então a lavrar
No meu peito a alegria
Ouço alguém a bradar
Aproveita que é dia
Sentei-me a descansar
Enquanto amanhecia
Entre o céu e o mar
Uma proa rompia
Desde então a bater
No meu peito em segredo
Sinto uma voz dizer
Teima, teima sem medo»
(FUI À BEIRA DO MAR, José Afonso; "EU VOU SER COMO A TOUPEIRA")
Saturday, January 07, 2006

Vinde, vós que escutais, vinde
saudar-nos na viagem nocturna:
nenhum sol agora brilha,
nem luz agora nenhuma estrela.
Vinde, ó vós, mostrar-nos o caminho:
que a noite secreta é inimiga,
a noite que fecha as próprias pálpebras.
E eis como a noite inteiramente nos esqueceu.
E esperamos, esperamos, na obscuridade.
( A Obscuridade, Herberto Helder; "Poesia Toda")
Friday, January 06, 2006
Thursday, January 05, 2006


Em que torres ou heras ou ondas
vivemos e morremos silenciosos?
Além à sombra de árvores profundas
corre o vento que leva e traz beijos,
mas não fica ninguém a dar suas rosas,
a dar o seu amor, a dar-se com amor,
a dar, amante e fiel, sua flor íntima;
tudo é vida que passa, e já queremos
o que se esvai e morre; já queremos
a entrega, embora breve, total, do ser em flor.»
(O Interior, Ricardo Molina; In "Rosa do Mundo, 2001 poemas para o futuro")
Wednesday, January 04, 2006

Olhamos a mesma direcção... Sentimos o mesmo apego... Desejamos a mesma liberdade...
E voltamos a abrir os olhos, ao mesmo horizonte... Com o prazer de receber o dia... Seja o primeiro ou último de nossas vidas.
Olho estes gestos macios, de uma sensualidade felina... Num horizonte de prazer, de estar presente.
E voltamos a abrir os olhos, ao mesmo horizonte... Com o prazer de receber o dia... Seja o primeiro ou último de nossas vidas.
Olho estes gestos macios, de uma sensualidade felina... Num horizonte de prazer, de estar presente.

Espreito na primeira esquina que encontro, não há qualquer ruído... Vejo um gato, de corpo preto, que se contorce no cio de Janeiro. Apetece-me ficar... Ou talvez não. Volto a olhar e o gato desapareceu... E o corpo contorce-se. Vejo mais bolas de fogo... Já não me rasgam os olhos, aquecem-me o corpo, arrastam-me em direcção ao imaginário...
Oiço o batuque dos tambores, no fundo da rua dos limites... Já sou uma bola de fogo, feita lava incandescente.
Oiço o batuque dos tambores, no fundo da rua dos limites... Já sou uma bola de fogo, feita lava incandescente.
Monday, January 02, 2006

O canto aos amores, descomprometidos, aqueles que, de mais libertos, podem voar mais alto que as próprias asas. Voar mais alto que as montanhas e ser mais quentes que o próprio sol.
Do ponto mais alto da montanha, vejo a vida a passar.
Trago as mãos embebidas de sol.
Abro as asas em queda livre e sinto o ar penetrar-me a pele...
E subo ao ponto mais alto da montanha, para ver o sol nascer.
Do ponto mais alto da montanha, vejo a vida a passar.
Trago as mãos embebidas de sol.
Abro as asas em queda livre e sinto o ar penetrar-me a pele...
E subo ao ponto mais alto da montanha, para ver o sol nascer.