Deixo-me envolver pelo nevoeiro... E atravesso o universo com duas pétalas tatuadas nos lábios. A espiral de cores, que sai do meu olhar, ilumina o túnel escuro de um labirinto encantado. Tacteio a noite vermelha e repouso sobre o ombro de veludo. Passo a língua pelo fio da navalha e bebo a seiva do cansaço, que me escorre por entre um cigarro apagado. Trago as mãos vazias, pela entrega de um dia que acabou. Os passos fraquejam e deixo-me ficar a contemplar a viagem esquecida. Até qualquer dia... Quando as luzes voltarem a brilhar.
2 Comments:
Intimista.
O texto está lindo!Nota-se que foi escrito com sentimento.Nota-se uma certa desilusão!
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