Thursday, November 17, 2005

O olhar repousa sobre uma nova paisagem... Esta faz parte de um passado recente... E volta à memória recordações que o tempo não quis apagar. Sente-se o cheiro dos ramos secos pela história. E não é de histórias que construímos o nosso presente? A luz pode, agora, passar através de uma paisagem crua... É a nudez de um espelho que deixou de reflectir. Mas ainda se vê as sombras desenhadas por cristais nublosos... E de novo os cheiros... E de novo a memória... E o tempo... Os primeiros troncos mudam de cor e os outros desfazem-se, na terra húmida. Acho que vai chover!... Deixa-me apagar as luzes!... E descansar sobre esta recordação, que o tempo não quis apagar da memória.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Espera, esperança. O tronco nu, exposto. Só em toda a floresta. Espera, esperança. A raíz sem folhas fechada no cadeado mais fundo. Estiveste lá, no entanto. Apesar de não visível. Não pudemos, não soubemos. Os troncos escondidos esperam para erguer-se.

11:39 PM  

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