Monday, November 21, 2005

Conheci umas pessoas que frequentam super-mercados de palavras. Ontem fui lá, para ver… As prateleiras estavam vazias. Sai e voltei para cá. Trazia o pensamento afogado numa chávena de café.
Foi então que me lembrei que, no dia anterior, tinha ouvido falar de um planeta novo… De mares gelados e de estrelas enfraquecidas. E volto a pensar nas prateleiras vazias.
Será por isso que os cães já não ladram? Mas há tanto para dizer…
Nas lojas da minha aldeia não costumava faltar nada. Haverá lá palavras nas prateleiras?...
Não acredito em viagens demasiado longas.
Não quero voltar às lojas da minha aldeia.
E se os cães voltassem a ladrar?
Volto a lembrar-me do planeta novo. Esqueço os super-mercados de palavras. Os cães voltam mesmo a ladrar, no planeta novo.
Sinto-me escorrer por entre letras luminosas.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Ando há dias para comentar este texto! E como não sei muito bem por onde começar fui adiando. Mas como ele ainda aqui está, em primeiro lugar, é como se continuasse à minha espera. Aqui estou eu, então, entregue a ele.A tentar dizer porque gosto tanto dele. Gosto (muito) da ideia do super-mercado das palavras. Onde às vezes elas não estão, ficam vazios os lugares.
Gosto (muito) do planeta novo com que ambos sonhamos.
Gosto muito das letras luminosas e de podermos escorrer entre elas.
Gosto de tentar preencher os lugares das prateleiras. Gosto de continuar a sonhar (e construir...) um planeta novo. Gosto de nos ver a escorrer por entre as letras. Simplesmente!
Gosto, naturalmente (!), do que escreves. E, naturalmente, de ti!

7:05 AM  

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