Tuesday, November 15, 2005

Né Ladeiras

A demora de um regresso é a solidão da espera... Porque não voltas? Espero-te em cada noite que a lua brilha na janela ou que a chuva bate nas vidraças... Estes cantos de trabalho, de nascimento e de morte... Esta oração profunda de uma voz portuguesa... Um passado tão bem construído não pode terminar num silêncio tão prolongado.
O coração abre-se e sangra. A voz balsâmica esconde-se por trás da cortina que queremos rasgar. Queremos de volta uma Né que nos sabe acordar... Porque não te vimos?
E agora, que a espera se torna longa, queremos o regresso de Né Ladeiras, para vestir de novo as tradições e contar-nos histórias que nos correm nas veias... Queremos, juntas, essas vozes de cá e de lá... Que o manto caia e as luzes voltem a acender... Que o luar faça nascer um novo dia, em que o sol brilha mais intenso e as mãos talham um novo mundo.

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