Wednesday, December 07, 2005


«Será que já não se sabe de nada,
Que já não nos lembramos de nada,
Que as tátuas já são de cimento?
Mas as pedras e as luz vivas são
E esta gente com nome na mão, dará
Ao deserto do esquecimento
Porque alguém ainda vai querer lembrar
Que esta terra quase seca, magoada,
Tem novas histórias para contar

Céu da gente ou quem és tu
Dá-me a força do mar
Que as vagas vá espraiar
À terra muda que espera
Céu da gente ou quem és tu
Deixa-me ir beijar a terra
Que ao passar a barra maior
O mar tem jeitos de amor.
[...]»

(Céu da Gente; In Almanave, Anamar)

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